Hoje reencontrei-me, após longos anos, com uma amiga de adolescência. O nosso último reencontro ocorrera aquando do seu casamento, faz já cinco anos. Teve o privilégio de conhecer uma encantadora menina de dois anos de idade, repleta de energia e de trapassas, como é natural da idade dela. Em duas horas, pude pôr em dia o resumo de 5 anos de vida.
Enquanto o tempo passava, e a conversa ia decorrendo, com longas pausas de silêncio a instauradas, apercebi-me que estava perante a mesma pessoa que conhecera quando tinha 15 anos. As únicas mudanças que se denotam estão, obviamente nas rugas, nos quilitos a mais que os anos não perdoaram. A mentalidade da mulher que se me afigurava era exactamente a mesma da miúda de 16 anos, com a qual partilhara a minha adolescência.
Infelizmente, apercebi-me que com o afastamento, o passar do tempo, os tipos de vida diferentes pelos quais optámos, transformamos-nos em pessoas que pouco têm em comum, cuja conversa não fluía.
A vida reserva-nos surpresas, e ensina-nos muitas coisas, e hoje apercebi-me que o que deixamos para trás, sejam eles momentos, sejam eles lugares, ou mesmo pessoas nunca poderão jamais ser recuperados, e devem ser mantidos apenas como doces recordações que poderão aquecer os nossos corações em momentos mais frios.
Com o passar dos anos aprendemos, crescemos, moldamos-nos e sobretudo mudamos, apesar de parecermos ser aqueles jovens adolescentes, não podendo nunca voltar atrás no tempo e recuperar o que algum dia foi perdido!
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